O protesto, promovido por estudantes secundaristas, ocorreu em frente ao Ministério Público, na quinta-feira (17) e teve como pauta, a reivindicação de transporte escolar de qualidade.
Estive presente, dando suporte e apesar de poucos, estavam conscientes das necessidades e ausência do poder público:
1 – Ônibus sem manutenção, quebrando durante o percurso, obrigando os alunos irem para seus destinos a pé;
2 – Ônibus atrasados, chegando de 30 a 50 min atrasados no primeiro horário;
3 – Ônibus partindo muito cedo, de forma que o último horário as aulas ao invés de 50min de duração, tem 20min;
4 – Ônibus lotados, obrigando os estudantes competirem espaços, já aconteceu dos jovens caírem ao correrem para alcançar o coletivo;
5 – Portas dos ônibus com defeito, abrindo durante a viagem, colocando em risco a vida deles;
6 – Motoristas com salários atrasados, fazendo greve;
7 – Pneus carecas, janelas quebradas, carros sem placas, poltronas velhas e sujas, falta de cinto de segurança;
8 – Ônibus escolares com predestinação ilícita, ou seja, usados com desvio de finalidade para transportar ilegalmente eleitores durante eleição ou jogadores de futebol nos finais de semana (o que explica os carros quebrados de tanto uso indevido);
9 – Citaram um motorista destratando os jovens, com grosserias, inclusive não parando para pegar alguns estudantes.
Para além do transporte escolar, ouvi outras obscenidades. Uso minha “voz” e minha coragem como portadora desses jovens que precisam de apoio de TODA SOCIEDADE: Citaram especificamente um professor postando vídeos cheios de sorrisos no trabalho junto a rede privada, mas no CETEP sempre de cara amarrada e tratando de assuntos não relacionados ao conteúdo escolar, por exemplo, que ele teve relação sexual com anã e outros absurdos.
COMO QUEREM QUE NOSSOS FILHOS TENHAM ESTÍMULO PARA FREQUENTAREM ÀS ESCOLAS???? DEPOIS QUEREM CULPAR OS PROFESSORES PELO BAIXO ÍNDICE DO IDEB.
No final, fiquei muito orgulhosa da coragem desses jovens, da vontade de fazerem a diferença, reacendeu em mim a esperança. E não, não vão conseguir destruir nosso sonho de um país melhor, de uma cidade melhor.
Júlia Oliveira.